Como de costume no histórico de votações, a primeira ação não definiu quem será o novo papa. Não obstante, o segundo dia em que os votos foram dados também manteve a posição original de indefinição, mas alguns nomes começam a ganhar um certo favoritismo na disputa. A Casa Santa Marta recebeu cardeais no dia 7 de maio para o conclave e 5 deles são os mais cotados para a vaga deixada por Francisco. No atual momento, Robert Francis Prevost corre na frente e um fato inédito pode acontecer.
Conhecido como “pastor de duas pátrias” por sua dedicação em trabalhos missionários nos Estados Unidos e Peru, Robert Francis Prevost pode se tornar o 1º papa americano da história. Experiência internacional e grande proximidade com Francisco são dois fatores que o colocam em posição de destaque. Uma das falas recentes de Prevost em entrevista dada ao Vaticano mostra por que ele é um dos 5 grandes candidatos para liderar a Igreja Católica.
“O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Anteriormente, haviam rumores de que a Igreja Católica procurava evitar papas americanos a fim de evitar peso político no processo, mas ao que tudo indica, o cenário atual é de uma era progressista. Junto de Robert Francis Prevost, nomes como Jean-Marc Aveline, Pierbattista Pizzaballa e Matteo Zuppi têm ganhado espaço nas conversas entre os cardeais. A primeira votação, como é praxe nos conclaves, teve caráter exploratório, funcionando como um termômetro das tendências internas.
O cardeal Pietro Parolin, por sua vez, também apareceu entre os mais mencionados e sua visibilidade aumentou após um gesto simbólico do decano Giovanni Battista Re durante a missa matinal. Entre os considerados “de fora”, desponta Ángel Fernández Artime, ex-superior dos Salesianos. Embora não esteja entre os favoritos tradicionais, é amplamente respeitado por seu perfil pastoral e carismático, e tem conquistado simpatia entre os eleitores que desejam um nome menos ligado à burocracia curial e mais próximo das comunidades de base.