Charles Darwin, no século XIX, observou uma peculiaridade intrigante: a relação entre a pelagem branca dos gatos e a surdez. Essa característica genética ganhou atenção somente recentemente com estudos científicos comprovando a conexão entre gatos brancos, olhos azuis e deficiência auditiva. Cerca de 65% a 85% dos felinos com essas características apresentam surdez congênita devido ao gene W, que afeta tanto a cor da pelagem quanto a audição.
O papel do Gene W
O gene W é determinante para a cor branca dos gatos e impacta diretamente a audição. Ele interfere na produção de melanina e no desenvolvimento das células auditivas. Felinos com olhos azuis devido à intensa manifestação do gene têm maior probabilidade de surdez. Em gatos com heterocromia, a probabilidade de surdez é de 30% a 40%. Já para aqueles sem olhos azuis, a chance varia entre 17% e 22%.
Pesquisas indicam que gatos brancos de pelo longo são mais propensos à surdez, pois têm maior incidência de olhos azuis. A ciência continua a investigar a relação genética para desenvolver intervenções que melhorem o manejo e o bem-estar desses animais.
Colônias de gatos brancos são mantidas para aprofundar o entendimento sobre a surdez e buscar soluções. Estudos futuros visam aprimorar o conhecimento sobre a herança genética associada ao gene W, que afeta o sistema nervoso e o desenvolvimento auditivo dos gatos.
A pesquisa sobre a relação entre cor da pelagem dos gatos e surdez é um campo em expansão. Enquanto muitos gatos brancos surdos vivem normalmente, o avanço na compreensão genética pode trazer melhorias significativas para seu cuidado. Cientistas continuam a explorar maneiras de mitigar os efeitos da surdez e propiciar um futuro onde o conhecimento genético beneficie o tratamento e bem-estar desses felinos.