Itabaianinha, uma cidade localizada em Sergipe, Brasil, é conhecida mundialmente como a “Capital dos Anões”. Com uma população em que a maioria das pessoas mede até 140 centímetros, essa cidade se tornou um símbolo de resiliência e superação, atraindo a atenção da mídia e de pesquisadores ao longo dos anos.
A História do nanismo em Itabaianinha
O fenômeno do nanismo em Itabaianinha está ligado a fatores genéticos e ao isolamento geográfico da região. A Deficiência Isolada do Hormônio (DIGH), uma condição que resulta em estatura reduzida, foi identificada como a causa principal. Essa mutação genética impede a liberação do hormônio do crescimento, levando a uma estatura média entre 105 e 135 cm. Casamentos consanguíneos na comunidade contribuíram para a propagação dessa condição ao longo de oito gerações.
Impacto da mídia e a vida cotidiana
A cidade ganhou notoriedade após reportagens e documentários, incluindo um da CNN em 1993, que exploraram o cotidiano e as causas do nanismo. Os moradores de Itabaianinha, que enfrentam desafios diários, buscam viver vidas ativas. Muitos trabalham como professores, artesãos e feirantes, e alguns até participaram de competições esportivas internacionais. A história de Dona Pureza, a primeira anã a se casar com um homem de estatura normal, exemplifica a luta por inclusão e aceitação.
Nos últimos anos, a população de anões em Itabaianinha tem diminuído devido a fatores como controle de natalidade, migração e tratamentos hormonais. Esses avanços permitiram que muitas crianças atingissem estaturas maiores, alterando a demografia da cidade. No entanto, iniciativas como a proposta de lei nº 02/2020, que visa preservar a memória da comunidade, buscam manter viva a rica história dos “pequenos grandes cidadãos”.