O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) passa por uma reformulação significativa com a introdução da nova Faixa 4, que visa atender famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Essa mudança é crucial, pois atualmente esse segmento da classe média não tem acesso às opções de financiamento habitacional disponíveis. O governo federal pretende alocar R$ 20 bilhões para esta iniciativa, sendo R$ 15 bilhões oriundos do Fundo Social do pré-sal e R$ 5 bilhões da Caixa Econômica Federal.
Novos limites de financiamento
Com a nova faixa, o teto para aquisição de imóveis será elevado para até R$ 500 mil, um aumento significativo em relação ao limite atual de R$ 350 mil. Essa alteração é parte do esforço do governo para incluir a classe média no programa, uma promessa feita pelo presidente Lula. A expectativa é que essa medida melhore a avaliação popular do governo, que tem enfrentado desafios de popularidade.
Linhas de crédito para reformas
Além do financiamento de imóveis, o governo também anunciará uma linha de crédito voltada para reformas e melhorias habitacionais, com um orçamento adicional de R$ 3 bilhões. Essa modalidade permitirá que os beneficiários realizem reformas ou construam cômodos em suas residências, com uma taxa de juros estimada em torno de 3% ao mês.
Atualmente, o MCMV é financiado por recursos do FGTS para famílias que podem arcar com financiamento nas faixas 2 e 3, enquanto a faixa 1 oferece imóveis praticamente doados. As taxas de juros variam entre 4% e 8,16% ao ano para famílias com renda de até R$ 8 mil. No entanto, na nova faixa 4, não haverá descontos, e as condições, como o prazo de 35 anos para pagamento, permanecerão as mesmas.