Durante a primavera de 2024, uma grande operação de limpeza foi conduzida no Everest pelo governo do Nepal. A ação resultou na remoção de 11 toneladas de lixo, quatro corpos e um esqueleto, revelando a escala do problema ambiental na montanha mais alta do mundo. A medida foi impulsionada pela crescente superlotação e os efeitos adversos do aquecimento global na região.
Aumento das taxas e restrição de licenças
Para enfrentar esses desafios, o Nepal anunciou que, a partir de setembro de 2025, aumentará as taxas de licença de escalada para estrangeiros de US$ 11.000 para US$ 15.000. Esta medida visa reduzir a superlotação, limitando o número de alpinistas e, consequentemente, diminuindo o impacto ecológico. Há também novas exigências, como a utilização obrigatória de sacos biodegradáveis para resíduos humanos, reforçando o comprometimento com a sustentabilidade.
A Suprema Corte do Nepal determinou que o uso de helicópteros seja restrito a operações de resgate emergenciais. Anteriormente, esses veículos eram utilizados para transportar turistas e equipamentos, contribuindo para o desgaste ambiental. A restrição une-se a outras medidas para proteger o frágil ecossistema do Everest.
O acúmulo de lixo no acampamento base tem consequências diretas para as comunidades locais, que dependem do turismo para sua subsistência. A poluição não apenas compromete a saúde dos habitantes, mas também afeta a economia ao degradar a experiência turística.
O governo do Nepal e as comunidades locais estão agora focadas em implementar soluções práticas que assegurem que o Everest mantenha sua majestade e atração, livres de poluentes. As próximas temporadas vão mostrar a eficácia dessas medidas e a disposição global em colaborar para preservar esta maravilha natural.