A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, está sofrendo uma drástica redução de área. Entre 1985 e 2021, perdeu-se em média 11.152 km² por ano, prejudicando sua capacidade de armazenar carbono e contribuindo com as emissões de gases de efeito estufa. Este desmatamento acelerado afeta não apenas o Brasil, mas também o clima global e a biodiversidade terrestre.
A redução da floresta influencia o clima, intensificando secas e tempestades. As árvores removidas diminuem a evapotranspiração, essencial para a manutenção do ciclo de chuvas. Consequentemente, há menos umidade durante períodos secos, mas um aumento nas precipitações intensas em áreas desmatadas na estação chuvosa.
Além do clima, a biodiversidade da Amazônia, que abriga cerca de 10% das espécies mundiais de flora e fauna, também está ameaçada. O desmatamento crescente e as alterações nos padrões de precipitação colocam diversas espécies em risco.
Desafios e oportunidades de recuperação
Principalmente impulsionado por atividades de pastagem e agricultura, o desmatamento também é agravado pelas queimadas. Em comparação com o ano anterior, as áreas queimadas tiveram um aumento expressivo, comprometendo os serviços ecossistêmicos, como regulação do clima e manutenção do ciclo hídrico. Há um sério risco de a Amazônia atingir um ponto de não retorno, onde poderia se transformar em uma savana.
Para contrabalançar os efeitos do desmatamento, é imprescindível adotar medidas de conservação eficazes e intensificar o monitoramento de atividades ilegais. A proteção e restauração da floresta restante são cruciais para manter a Amazônia desempenhando seu papel ambiental. Dado o atual ritmo de desmatamento, ações urgentes são essenciais para evitar impactos irreversíveis. Preservar a Amazônia é vital não apenas para a biodiversidade local, mas também para a estabilidade climática global.