A gasolina E30, com 30% de etanol anidro, está prevista para entrar em vigor em 2025 no Brasil. A mudança visa aumentar o uso de biocombustíveis, reduzindo a emissão de gases poluentes. Entretanto, a novidade requer atenção especial dos donos de veículos antigos e carburados, que devem se preparar para possíveis desafios técnicos.
Primeiramente, é essencial que os proprietários compreendam o que está em jogo. O etanol, presente na composição, pode aumentar a corrosividade no motor e no sistema de alimentação, especialmente em componentes metálicos como carburadores e tanques de combustível. O etanol é mais corrosivo por natureza devido à presença de água e solventes, propiciando condições para a ferrugem e instabilidade na marcha lenta.
Desafios e adaptações necessárias
Para se adaptarem à nova realidade da gasolina E30, os proprietários de veículos antigos devem considerar algumas medidas preventivas. Uma delas é o uso de gasolina premium, que possui menor teor de etanol e contém aditivos para proteger o motor. Ajustar a carburação também pode ser uma estratégia eficaz, enriquecendo a mistura de combustível para compensar o menor poder energético do etanol.
Por outro lado, a manutenção regularmente ajustada é imperativa. Inspeções frequentes devem ser feitas para identificar sinais de corrosão ou falhas no sistema de alimentação. Em alguns casos, a niquelação de carburadores pode ser um recurso viável, aplicando uma camada protetora de níquel para prevenir a corrosão.
A introdução gradual da gasolina E30 no mercado, prevista para começar até o final de 2025, reflete um esforço contínuo por parte do governo e da indústria em direção à sustentabilidade. Essa transição exigirá ajustes importantes por parte dos proprietários de veículos mais antigos, além de documentos regulatórios que garantam a eficiência e segurança do novo combustível.