A missão lunar Chang’e 5 da China, que trouxe amostras lunares para a Terra em 2020, recentemente compartilhou esses materiais com parceiros internacionais, mas excluiu a NASA da colaboração. A decisão reflete as tensas relações entre os EUA e a China, pautadas principalmente pela Emenda Wolf, que proíbe a cooperação direta entre a NASA e a agência espacial chinesa.
Restrições impostas pela Emenda Wolf
A Emenda Wolf, de 2011, impede a colaboração EUA-China no espaço, protegendo tecnologias sensíveis para a segurança nacional. Cientistas americanos, como Timothy Glotch da Universidade de Stony Brook, buscam financiamentos privados para estudar amostras lunares, colaborando com instituições internacionais sem apoio da NASA.
Enquanto os cientistas americanos buscam alternativas, países como Reino Unido, Rússia e Etiópia já receberam amostras da missão Chang’e 5. O objetivo é realizar comparações com dados da missão Apollo, enriquecendo o entendimento sobre a Lua. A cooperação internacional continua a ser um incentivador chave para avanços científicos e tecnológicos, mesmo diante de barreiras políticas.
A exclusão dos Estados Unidos dessa iniciativa chinesa destaca a complexidade das relações internacionais na exploração espacial. Embora alguns pesquisadores americanos consigam acessar as amostras por vias privadas, a situação limita significativamente a plena colaboração científica. A China, por outro lado, mantém sua distribuição de amostras como estratégia para fortalecer laços internacionais, promovendo uma rede de colaboração que supera diferenciais políticos.
Em abril de 2025, as instituições americanas Brown University e Universidade Estadual de Nova York em Stony Brook, financiadas pela NASA, receberam autorização para solicitar empréstimos das amostras lunares Chang’e 5. A expectativa é que novas análises aprofundem o conhecimento global sobre a Lua, contribuindo para futuras missões científicas.