A China entra em uma nova era na exploração espacial com a missão Tianwen-2, lançada em 28 de maio de 2025. Utilizando o foguete Long March 3B, a nave partiu do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang. Esta missão tem como objetivo coletar amostras do asteroide 469219 Kamo‘oalewa, oferecendo insights valiosos sobre a origem do sistema solar e a composição lunar.
Estudando Kamo‘oalewa: o asteroide intrigante
O asteroide Kamo‘oalewa, descoberto em 2016, está na mira da missão por seu potencial de ser um fragmento da Lua. Suas características espectrais assemelham-se à de rochas lunares, sugerindo uma origem a partir de detritos lançados pela Lua. A coleta de amostras pela Tianwen-2, agendada para junho de 2026, pode confirmar essa hipótese. O retorno à Terra está previsto para novembro de 2027, quando uma cápsula trará as amostras para análise.
Após completar a tarefa em Kamo‘oalewa, a Tianwen-2 não encerra sua missão. O próximo alvo é o 311P/PANSTARRS, um asteroide no cinturão com características de cometa. A nave estudará esse objeto, lançado em 2013, que também desafia a compreensão atual da formação e evolução dos corpos celestes.
Com a Tianwen-2, a China reforça sua posição como uma potência emergente no cenário espacial. As ambições do país incluem futuras missões a Marte com o Tianwen-3 e planos para envio de humanos à Lua até 2030. Essa empreitada é parte de um esforço maior de desenvolvimento científico e tecnológico na exploração do espaço.
A missão Tianwen-2 da China visa desbravar o espaço com objetivos claros: explorar o asteroide Kamo‘oalewa e analisar o 311P/PANSTARRS. O sucesso dessa missão não apenas ampliará o conhecimento sobre nosso sistema solar, mas também consolidará a posição da China na vanguarda da exploração espacial mundial até os anos 2030.