Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) fizeram um avanço importante no combate à crise global na produção de cacau. Eles criaram um substituto sustentável inovador para esse ingrediente, utilizando subprodutos agroindustriais. Este “novo chocolate” é resultado da “Composição Alimentícia de Chocolate com Reaproveitamento de Resíduos Agroindustriais”. A invenção, além de ser uma resposta ao déficit previsto na produção de cacau, busca atender a uma crescente demanda por soluções sustentáveis na indústria alimentícia.
Inovação brasileira: um olhar detalhado
A fórmula da USP substitui o cacau em pó e o licor de cacau por compostos bioativos e antioxidantes, preservando as qualidades nutricionais do chocolate. Essa iniciativa é importante devido à dependência de regiões como a África Ocidental para o fornecimento de cacau, que traz riscos à oferta. Ao reaproveitar resíduos da indústria cervejeira, a USP reduz o desperdício e aumenta o valor nutricional do produto, recebendo elogios da comunidade científica.
Com os custos do cacau em alta e sua oferta em declínio, a possibilidade de substituição ofertada pela USP representa um salva-vidas para as fabricantes de chocolate. Em estágio de protótipo, a nova fórmula tem mostrado potencial significativo para a produção em larga escala. A adoção desta tecnologia pode alterar positivamente as dinâmicas de custo e sustentabilidade, oferecendo uma alternativa rica em fibras e nutrientes valiosos.
A previsão de um déficit global de cacau até 2025 destaca a urgência desse tipo de inovação. Embora o protótipo ainda não esteja comercialmente disponível, a expectativa é que a indústria alimentícia adote rapidamente modos mais sustentáveis e menos dependentes do cacau tradicional. Isso pode garantir a continuidade do fornecimento de chocolate, de forma mais acessível e ecologicamente responsável.