Nos anos 1980, Cubatão, na região metropolitana de São Paulo, era conhecida como o “Vale da Morte”. A cidade, com altos índices de poluição, foi rotulada pela ONU como a mais poluída do mundo. Entretanto, esse passado sombrio deu lugar a uma trajetória de mudança e recuperação, que será celebrada em uma cerimônia no próximo dia 16.
Desafios e transformações
Após décadas de negligência ambiental, um conjunto de medidas emergenciais transformou o cenário de Cubatão. A recuperação do meio ambiente começou com a implementação de um programa de controle rígido das fontes poluidoras. Instrumentos como filtros em chaminés industriais e a despoluição de rios foram essenciais. Combinados, esses esforços reduziram 97% dos poluentes atmosféricos, mostrando um comprometimento com a sustentabilidade.
Além das medidas iniciais, a cidade investiu fortemente na restauração da biodiversidade. Houve a recuperação de manguezais e da Mata Atlântica, além do plantio de árvores nativas. Essas ações foram fundamentais para elevar Cubatão a um novo patamar ambiental, revertendo seu histórico negativamente marcado.
Reconhecimento sustentável
Cubatão se tornou um símbolo mundial de recuperação ambiental. Os esforços notáveis realizados pela comunidade e indústrias locais culminaram no reconhecimento como “Cidade-Símbolo da Recuperação Ambiental”, durante a ECO 92. Este reconhecimento destaca o compromisso contínuo e eficaz de Cubatão com a preservação ambiental.
Na conclusão, a cerimônia marcada para o dia 16 reafirmará esse percurso de superação. Cubatão, que uma vez foi sinônimo de destruição ambiental, agora serve como um exemplo global de transformação. A dedicação contínua à sustentabilidade mantém a cidade no caminho certo para um futuro mais promissor, demostrando que mudanças sustentáveis são possíveis mesmo para os desafios mais severos.