A recente descoberta no campo da genética felina revelou um componente genético exclusivo nos gatos laranjas, identificado pelo pesquisador Christopher Kaelin, da Universidade de Stanford, em 2023. Esta descoberta ocorreu após anos de estudos e coleta de DNA em exposições de gatos. A mutação encontrada está no gene Arhgap36, localizado no cromossomo X. Essa mutação não é comum em outros animais, o que torna os gatos laranjas singularmente especiais.
O mistério da coloração laranja
Os gatos machos geralmente possuem essa coloração devido a um único cromossomo X herdado, enquanto uma fêmea precisa herdar dois cromossomos X com a mutação para exibir a mesma coloração. Isso explica por que há menos fêmeas laranjas, tornando-as uma raridade genética. O gene Arhgap36, apesar de não codificar diretamente a cor do pelo, tem um impacto significativo na produção de feomelanina em vez de melanina, resultando na coloração laranja.
A investigação se estende além dos gatos laranjas, desafiando cientistas a pesquisar se mutações similares podem ocorrer em outras espécies. Essa linha de pesquisa visa aprofundar a compreensão sobre a evolução genética. Estudiosos especulam que tais descobertas podem oferecer novos caminhos para compreender a genética de outros animais, embora nenhuma ligação direta tenha sido encontrada em outros casos até o momento.
Dada a singularidade da mutação encontrada, as pesquisas continuam em andamento. Cientistas da Universidade de Stanford e colaboradores globais esperam expandir esses estudos, explorando não apenas o impacto da mutação nos gatos, mas sua possível aplicação em outras áreas da biologia evolutiva. Os avanços na genética felina prometem uma nova compreensão sobre a linhagem e evolução dos gatos, revigorando o interesse científico nas características únicas desses felinos domésticos.