A Anvisa proibiu os cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, mas o consumo entre jovens continua crescente. Dados mostram que esses dispositivos, também conhecidos como vapes, são atraentes principalmente devido aos sabores disponíveis. Apesar de sua proibição há 16 anos, os produtos são comprados tanto em comércios físicos informais quanto online, onde a fiscalização é escassa.
O Brasil vai na direção contrária de mais de 100 países que regulamentam rigorosamente o comércio desses produtos. Nessas nações, regras claras restringem o acesso de menores e oferecem alternativas seguras para fumantes adultos. Em contraste, aqui, jovens brasileiros continuam a consumir cigarros eletrônicos do mercado paralelo. Esse cenário é alimentado pela cultura de experimentação juvenil que ignora as restrições impostas pela Anvisa.
Aumento do consumo entre adolescentes
Estatísticas apontam que milhões de brasileiros, especialmente adolescentes, já experimentaram cigarros eletrônicos. Essa popularidade desafia campanhas de prevenção ao tabagismo e realça falhas na educação pública sobre os riscos do produto. A ausência de regulamentação concreta é um dos fatores que dificultam uma abordagem educativa eficaz, deixando os jovens vulneráveis a produtos potencialmente nocivos.
Debates no Congresso discutem transformar a proibição em lei formal. Especialistas argumentam que regulamentação e controle poderiam ser mais eficazes que a simples proibição, ajudando a proteger os adolescentes enquanto asseguram a segurança dos produtos. Projetos de lei ainda estão em discussão, buscando equilibrar proteção da saúde pública e liberdade de escolha dos consumidores adultos.
Com a proibição completando 16 anos em 2024, o uso de cigarros eletrônicos por jovens continua a ser um desafio significativo para as políticas de saúde pública. As próximas deliberações no Congresso poderão revisar essa abordagem, considerando novas estratégias legislativas para gerir o uso de vapes de maneira mais eficaz e segura.