Na terça-feira, 8 de abril, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que os Estados Unidos implementarão uma tarifa de 104% sobre produtos importados da China, a partir de quarta-feira, 9 de abril. A medida faz parte de uma estratégia para proteger a economia americana em meio a crescentes tensões comerciais com a China, evidenciando a complexidade das relações entre as duas potências.
As sanções dos EUA são justificadas pelo governo como uma resposta às práticas comerciais desleais da China. De acordo com Washington, essas práticas incluem o roubo de propriedade intelectual e outras ações que prejudicariam a competitividade dos produtos americanos no mercado global.
Reações imediatas e retaliações
Essa tarifa exacerba as tensões entre as duas nações e leva analistas a preverem retaliações da China. Já são esperadas respostas similares do governo chinês, que anteriormente impôs tarifas sobre produtos dos EUA, incluindo minerais e veículos. Pequim argumenta que tais penalidades são injustas e afirmou que adotará contramedidas para proteger seus interesses.
A implementação dessas tarifas impacta significativamente as bolsas de valores em todo o mundo. O anúncio já provocou um declínio nas ações de empresas ligadas ao comércio entre os dois países. Investidores temem que a situação possa levar a uma desaceleração econômica global, à medida que as cadeias de suprimentos são interrompidas e os custos de bens comercializados aumentam.
Preocupação da União Europeia
A União Europeia expressou preocupação diante dessa intensificação nas trocas tarifárias entre EUA e China. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu que as potências adotem medidas para diminuir a tensão comercial. A UE teme que essa disputa possa ter efeitos colaterais nas economias europeias, principalmente em setores vulneráveis como o automotivo e agrícola.