Após 375 anos desaparecida, a Zelândia, uma vasta área submersa no Oceano Pacífico Sul, foi reconhecida como um continente distinto. Com quase dois milhões de milhas quadradas (aproximadamente cinco milhões de quilômetros quadrados), apenas cinco por cento dessa área emerge acima do nível do mar, formando partes da Nova Zelândia e algumas ilhas menores. A descoberta dessa região tem gerado grande entusiasmo entre cientistas e geólogos, que veem na Zelândia uma oportunidade única de estudar a evolução continental.
A formação da Zelândia
A história da Zelândia remonta a mais de 100 milhões de anos, quando fazia parte do supercontinente Gondwana, que incluía terras que hoje conhecemos como América do Sul, África, Antártica, Austrália e partes da Ásia. Com o tempo, a Zelândia se separou da Antártica Ocidental e da Austrália, resultando em uma massa de terra isolada. À medida que as forças tectônicas atuaram, a crosta terrestre na região perdeu espessura e esfriou, levando a maior parte da terra a submergir.
Estudos recentes têm fornecido evidências concretas da natureza continental da Zelândia. Pesquisadores coletaram amostras de rochas que revelam a presença de arenito, seixos vulcânicos e lavas basálticas, cujas idades variam do Cretáceo Inferior ao Eoceno. Dados magnéticos também confirmaram a atividade vulcânica antiga na região, ajudando a definir os limites do continente submerso.
A Zelândia não é apenas um novo continente; ela representa um laboratório natural para entender a evolução dos continentes sob condições tectônicas em mudança. Suas rochas sedimentares oferecem pistas sobre a história da Terra e como os continentes influenciam o nível do mar e os padrões climáticos. Cada nova descoberta pode aprimorar nossa compreensão da dinâmica da superfície terrestre.