Nos Estados Unidos, a recente escalada nas deportações de imigrantes está gerando um efeito inesperado: a transformação desse processo em um vasto negócio. Enquanto o governo intensifica políticas de deportação, empresas privadas emergem como principais beneficiárias, lucrando em diversas etapas, desde a detenção até a remoção dos imigrantes.
Empresas como o GEO Group e a CoreCivic veem suas receitas aumentar substancialmente devido a contratos lucrativos com o governo para gerenciar centros de detenção. Em 2025, o GEO Group assegurou um contrato de 15 anos por US$ 1 bilhão para expandir suas operações em Nova Jersey. Já a CoreCivic continua a ampliar suas instalações, ajustando-se à crescente demanda por espaço para detenção.
Economia em crescimento e controvérsias
Os centros de detenção, operados majoritariamente por entidades privadas, veem um aumento substancial no fluxo de recursos. Nas últimas décadas, o custo médio de encarceramento em prisões federais girou em torno de US$ 85 por dia por detento, evidenciando a magnitude do investimento governamental.
Além dos custos de operação, o gasto com alimentação e serviços de saúde oferece uma visão crítica da economia em torno das deportações. Essas operações se tornaram um alicerce econômico para muitos conglomerados que prestam serviços variados dentro dos sistemas de imigrantes detidos.
Com planos ambiciosos de aumentar ainda mais a capacidade de encarceramento, o governo busca apoio legislativo para aprovar o financiamento necessário. Tom Homan, ex-czar da fronteira, afirmou a necessidade de pelo menos 100 mil leitos adicionais para acomodar a política de deportação em massa.
Enquanto a economia em torno das deportações se expande, críticas e protestos crescem em torno das condições de detenção e questões relacionadas aos direitos humanos. O futuro desse setor não apenas desafia a ética dos sistemas carcerários, mas também levanta questões sobre a eficácia e a moralidade das políticas de imigração dos EUA.