O Brasil tem potencial para transformar-se em um dos maiores produtores de terras raras do mundo. Com a segunda maior reserva global desses minerais, atrás apenas da China, o país se prepara para expandir a exploração e produção de terras raras em locais como Araxá e Poços de Caldas. Esses elementos são essenciais para a tecnologia avançada, indispensáveis na fabricação de turbinas eólicas e motores de veículos elétricos.
A expectativa é que o Brasil se torne um dos cinco maiores fornecedores globais nos próximos anos. O Ministério de Minas e Energia já projeta esse crescimento, estimulado por projetos em andamento que visam a extração responsável e o desenvolvimento de indústrias estratégicas. Atualmente, o óxido de neodímio, um dos produtos principais, alcança o preço de US$ 75.000 por tonelada. Em comparação, o minério de ferro é cotado a cerca de US$ 120 por tonelada, destacando o valor econômico das terras raras.
Investimentos e desenvolvimento local
O Projeto Caldeira, em Poços de Caldas, está recebendo R$ 1,5 bilhão em investimentos e planeja iniciar suas operações em 2026. Serão gerados empregos diretos e indiretos, dando um impulso significativo à economia local. Agora, pesquisadores e órgãos governamentais se concentram em superar o desafio de domínio total da cadeia de produção, do qual o Brasil ainda é dependente de importações.
Com projetos de mineração em fases avançadas e a crescente atenção das autoridades brasileiras à expansão do setor, o Brasil está em um caminho promissor. As iniciativas incluem tanto o aumento da produção quanto a intenção de dominar científica e tecnologicamente a cadeia de terras raras, essencial para fortalecer sua posição no mercado mundial.