O Deserto do Atacama, no Chile, é considerado o local ideal para a observação astronômica. Conhecido como o deserto mais seco do mundo, ele oferece vantagens excepcionais para a astronomia. A região proporciona mais de 300 noites límpidas por ano, o que garante uma visão clara do cosmos. A baixa umidade e a ausência de nuvens são fatores que contribuem para a qualidade das observações.
Com altitudes elevadas e atmosfera extremamente seca, o Atacama reduz significativamente a interferência que desfoca as estrelas. Isso faz do deserto a escolha perfeita para grandes projetos astronômicos, como o Very Large Telescope (VLT) e o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Estas instalações fazem parte de investimentos internacionais em pesquisa científica, envolvendo parcerias da América do Norte, Europa e Leste Asiático.
Atacama: um centro de inovação astronômica
Os telescópios no Atacama estão entre os mais avançados do mundo. Com espelhos grandes e tecnologia de ponta, conseguem capturar imagens detalhadas de objetos distantes. O ALMA, especificamente, é um exemplo da cooperação global na busca para desvelar os segredos do universo. Sua localização estratégica no deserto é crucial para pesquisas que poderiam ser afetadas por interferências atmosféricas em outros locais do mundo.
Embora reconhecido pela qualidade excepcional do céu noturno, o deserto enfrenta riscos crescentes de poluição luminosa devido ao aumento do turismo e ao desenvolvimento industrial nas redondezas. Medidas estão sendo adotadas pelo governo chileno e organizações locais para regular a iluminação pública e o desenvolvimento urbano, resguardando assim a qualidade do céu para futuras observações.