O Pico da Neblina, com 2.995,30 metros de altitude, é o ponto mais alto do Brasil. Localizado na Amazônia, no estado do Amazonas, alcançar seu cume representa um desafio significativo. Embora menor que o Monte Everest, a escalada exige preparo físico devido à localização remota e ao ambiente isolado, exigindo permissão especial do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Expedição exigente
As expedições ao Pico da Neblina começam após obter autorizações e recrutamento de guias credenciados e, preferencialmente, tradutores Yanomami. A jornada inicia com transporte fluvial até a trilha de acesso. A caminhada de dez dias requer transpor rios e aclives íngremes em meio à selva, respeitando rígidos padrões ambientais e culturais, essenciais para a conservação da biodiversidade local.
Durante a expedição ao Pico da Neblina, os aventureiros desfrutam da rica biodiversidade da Amazônia, com fauna e flora únicas. Além disso, a interação com as comunidades indígenas Yanomami enriquece a experiência, promovendo um contato direto com as tradições culturais locais. Essa abordagem de ecoturismo sustentável busca substituir práticas prejudiciais como o garimpo ilegal, envolvendo os Yanomami na condução das atividades turísticas, o que representa uma alternativa econômica viável.
Após uma longa suspensão, as atividades turísticas no Pico da Neblina foram retomadas com limitações rigorosas e um número restrito de vagas. Cada expedição, composta por até dez pessoas, é cuidadosamente planejada para minimizar impactos ambientais. O custo, que pode chegar a R$ 17.500 por pessoa, cobre desde a preparação inicial até o suporte completo ao longo do percurso.