Estudos da Advanced Research and Invention Agency (Aria) no Reino Unido exploram a relação entre abelhas rainhas e a longevidade humana. As rainhas vivem vários anos e são férteis ao longo da vida, enquanto as operárias têm uma expectativa de vida de apenas alguns meses. A pesquisa investiga como a alimentação exclusiva de geleia real, rica em nutrientes, e uma flora intestinal única podem contribuir para essa longevidade.
Apesar da popularidade da geleia real em promover saúde, não há evidências científicas robustas que comprovem seus efeitos em humanos. Um aspecto inovador é o transplante de microrganismos intestinais das rainhas para as operárias, aumentando a vida útil delas em experimentos. No entanto, a aplicação dessas técnicas em humanos ainda não foi validada.
Em 2023, a Aria continuará a financiar estudos sobre a biologia das abelhas e suas potenciais aplicações em terapias humanas. Embora não existam previsões concretas sobre tratamentos que aumentem a longevidade, a pesquisa promete abrir novos caminhos para um envelhecimento saudável.
Morcegos: Guardiões da Imunidade
Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington (WSU) investigam como morcegos convivem com vírus letais, como coronavírus, sem apresentar sintomas. Liderados pelo virologista Michael Letko, a equipe criou novas linhagens celulares a partir de morcegos, permitindo uma investigação mais precisa sobre a imunidade desses animais.
As novas linhagens, criadas a partir de células renais do morcego-de-cauda-curta-de-Seba, oferecem uma plataforma para estudar como o sistema imunológico dos morcegos responde a infecções virais. Essa pesquisa é crucial, pois até agora, a maioria dos estudos utilizava células humanas ou de roedores, limitando a compreensão da tolerância única dos morcegos a infecções.