Paleontologistas da Universidade Flinders, na Austrália, identificaram três novas espécies de cangurus gigantes com base em fósseis. Esses cangurus pertencem ao gênero extinto Protemnodon, que habitou a Austrália e a Nova Guiné entre 5 milhões e 40 mil anos atrás. Essas espécies se destacam por seu tamanho considerável, chegando a pesar até 170 kg, cerca do dobro dos cangurus-vermelhos machos atuais, que pesam aproximadamente 90 kg.
Os fósseis revelaram características únicas destas espécies extintas. O Protemnodon viator era adaptado ao clima árido do centro da Austrália e tinha pernas longas que lhe permitiam saltar grandes distâncias, daí o nome “viajante”. Esta capacidade de se deslocar por amplas regiões pode ter sido crucial para a sua sobrevivência em ambientes desérticos.
Diversidade das espécies de Protemnodon
Além do Protemnodon viator, foram também descobertas as espécies Protemnodon mamkurra e Protemnodon dawsonae. O Protemnodon mamkurra apresenta características sugerindo que vivia de forma mais quadrúpede, com menor eficiência nos saltos. Já o Protemnodon dawsonae é conhecido por ter sido um saltador de média velocidade, mas há poucos fósseis disponíveis para determinar seu estilo de vida com precisão.
Todas as espécies de Protemnodon foram extintas há cerca de 40 mil anos. O motivo do desaparecimento é debatido, com alterações climáticas e mudanças ambientais como possíveis fatores. Fósseis do Lago Callabonna fornecem pistas sobre os desafios enfrentados, como a busca por água durante longas secas.
A recente descoberta das espécies de cangurus gigantes fornece um novo capítulo à história da megafauna da Austrália. Com os dados até agora publicados na revista Megataxa, os pesquisadores esperam que novas investigações possam esclarecer como esses gigantes viviam e evoluíram, contribuindo para um entendimento mais profundo de seu papel no ecossistema pré-histórico.