A dúvida entre “estreou” e “estreiou” é uma questão comum entre os falantes da língua portuguesa. Essa confusão ocorre principalmente por causa do substantivo “estreia”, que contém a letra “i”. Muitos acreditam que esse som deve ser mantido ao conjugar o verbo “estrear”. No entanto, a forma correta, segundo a norma culta, é “estreou”, sem o “i”.
O verbo “estrear” pertence à primeira conjugação, que termina em -ar. No pretérito perfeito do indicativo, sua conjugação é a seguinte:
- Eu estreiei;
- Tu estreaste;
- Ele/ela/você estreou;
- Nós estreamos;
- Vós estreastes;
- Eles/elas/vocês estrearam.
A forma “estreiou” não é reconhecida em dicionários oficiais nem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, o que reforça a ideia de que sua utilização é incorreta.
Origem do erro
A confusão entre “estreou” e “estreiou” é um exemplo típico de como a pronúncia coloquial pode influenciar o uso da língua. Muitas pessoas, ao falarem, buscam uma fluidez que, por vezes, resulta em alterações nas palavras. Esse fenômeno é conhecido como hipercorreção. A hipercorreção ocorre quando um falante acredita estar corrigindo uma palavra ou expressão, mas, na verdade, acaba criando uma forma errada.
Esse tipo de confusão é comum no português falado no Brasil, onde a oralidade frequentemente se sobrepõe à norma escrita. A maneira como as palavras são pronunciadas em diferentes regiões do país pode variar bastante. Em algumas localidades, “estreiou” pode soar mais natural, reforçando a ideia de que a palavra foi “corrigida”.
Apesar de “estreiou” ser familiar para alguns, é importante evitá-la em contextos formais, como textos acadêmicos. O uso incorreto pode prejudicar a clareza da comunicação e ser visto como um erro gramatical, afetando a credibilidade do autor e a compreensão do texto.