O cardeal Peter Turkson, ex-integrante de uma banda de funk e um dos principais nomes da Igreja Católica, é considerado um forte candidato para se tornar o próximo papa. Se escolhido, ele fará história como o primeiro papa africano em 1.500 anos. A trajetória de Turkson é marcada por sua influência e presença marcante, tanto na música quanto na religião.
Apesar de ser visto como um potencial líder, Turkson já declarou, em entrevistas passadas, que não aspira ao cargo papal. Em 2013, ele afirmou à BBC que “não sabe se alguém realmente deseja ser papa”. Essa postura reflete uma humildade que contrasta com a pressão que vem com a possibilidade de liderar a Igreja em um momento de grandes desafios.
O crescimento da igreja na áfrica
A África tem visto um crescimento significativo da Igreja Católica, o que levanta a questão: a escolha de um papa africano seria adequada? Turkson respondeu que essa lógica “complica as coisas”, indicando que a seleção de um papa deve ir além de considerações geográficas e demográficas. Ele acredita que a liderança deve ser baseada em características pessoais e espirituais, não apenas em origem.
Embora Turkson tenha uma tendência conservadora, ele se destacou por posições progressistas, como sua oposição à criminalização de relações homoafetivas em Gana. Em 2023, durante um debate no Parlamento ganês sobre um projeto de lei punitivo contra a população LGBTQIA+, ele defendeu que a homossexualidade não deveria ser crime.
Turkson também enfrentou controvérsias, como em 2012, quando fez previsões alarmistas sobre o islamismo na Europa, levando a um pedido de desculpas. Sua trajetória reflete as complexidades da liderança na Igreja Católica em um mundo em transformação.