A Amazônia tem se destacado como um foco de inovação sustentável na mineração de ouro. Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com apoio da Fapeam, estão avaliando o uso das folhas do pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) como substituto do mercúrio na extração do minério. Este estudo, realizado em 2023, indica que o método consegue 80% de eficiência na separação de ouro de outros minerais, tornando-se promissor para práticas ecológicas na região.
Potencial do Pau-de-Balsa na mineração
O pau-de-balsa, planta nativa da Amazônia, desponta como uma alternativa sustentável ao mercúrio, usado tradicionalmente na mineração de ouro. A pesquisa destaca que o extrato da planta pode revolucionar essa indústria ao minimizar riscos ambientais. A substituição do mercúrio por soluções mais ecológicas responde à crescente demanda por responsabilidade ambiental no setor de mineração.
Estão em andamento projetos que incluem a planta do pau-de-balsa em áreas estratégicas. O plano envolve a criação de viveiros nas áreas do Médio Madeira, Amazonas, com previsão até 2024. Esses viveiros visam tanto a minimizar o uso do mercúrio quanto a reduzir o desmatamento local.
A Embrapa está avaliando a exploração do pau-de-balsa em garimpos do Mato Grosso, focando na viabilidade econômica para pequenas mineradoras. Essa pesquisa visa integrar práticas econômicas com diretrizes ecológicas, destacando a Amazônia como um centro de inovação em mineração sustentável. O pau-de-balsa tem potencial para ser utilizado em diversas escalas de mineração, promovendo uma abordagem mais responsável e sustentável.
Em outubro de 2023, as pesquisas continuam, com expectativas para expandir a utilização do método em diferentes regiões. Os próximos passos incluem a implementação de viveiros planejados e a continuidade das avaliações em campo, com o objetivo de viabilizar o uso da planta em larga escala, promovendo práticas de extrativismo sustentável.