A corrida por minérios no Brasil, especialmente em Pará, Bahia, Goiás e Minas Gerais, foca na busca por lítio e cobre para a transição energética. Esse processo gera impactos ambientais e sociais significativos, contribuindo para alterações climáticas locais e globais que podem se agravar até 2030, intensificando a crise climática mundial.
Os impactos ambientais da mineração no Brasil incluem desmatamento, degradação do solo e contaminação da água. A exploração excessiva contribui para emissões de gases de efeito estufa, que podem atingir 2,55 gigatoneladas de CO₂ equivalente, exacerbando eventos climáticos extremos. A queima de combustíveis em veículos de mineração também é uma fonte significativa dessas emissões.
Tensões sociais e conflitos
A rápida expansão da mineração também gera tensões sociais, especialmente em comunidades indígenas e tradicionais. O avanço das corporações mineradoras muitas vezes resulta em desapropriações de terras e degradações ambientais, impactando negativamente a saúde e o bem-estar dessas populações. Exemplo disso é o que ocorreu com as barragens em Mariana e Brumadinho, que trouxeram à tona as dificuldades enfrentadas por essas comunidades.
O Brasil ocupa uma posição estratégica como fornecedor global de minerais críticos para tecnologias sustentáveis, como baterias para veículos elétricos. A Vale e a Anglo American lideram projetos nesse segmento. No entanto, a exploração sem um plano de sustentabilidade mais sólido pode agravar os problemas sociais e ambientais existentes.
Dada a urgência climática e social, especialistas recomendam a implementação de mineração sustentável e a recuperação de áreas degradadas. Medidas robustas de governança ambiental são necessárias para mitigar os impactos reconhecidos e garantir uma exploração que respeite os limites planetários e humanos.