A gasolina sem etanol, conhecida como gasolina pura, é proibida para carros de passeio no Brasil. Regulamentações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) exigem que a gasolina contenha 27% de etanol anidro. Esta mistura, introduzida para substituir o chumbo tetraetila, atende a legislações ambientais e de saúde. A lei que regula essa composição faz parte de uma estratégia para reduzir emissões nocivas e melhorar a eficiência dos motores.
Razões da obrigatoriedade do etanol
O etanol desempenha um papel significativo na redução da poluição e na melhoria da eficiência dos motores, pois eleva a octanagem sem os efeitos tóxicos do chumbo. Além disso, é uma fonte renovável que diminui a dependência de combustíveis fósseis.
A política brasileira de combustíveis se alinha com compromissos internacionais de redução de emissões, reforçada pela recente Lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro de 2024, que fortalece o uso de biocombustíveis e visa ampliar a mistura obrigatória de etanol na gasolina.
A gasolina sem etanol, chamada AVGAS, é exclusiva para a aviação. Projetada para motores de aeronaves, sua distribuição é regulada e controlada, não sendo disponível para o consumidor comum. O uso de gasolina pura em veículos terrestres não é apenas ilegal, mas também danoso ao motor. Componentes alternativos ao etanol podem causar danos significativos aos motores convencionais.
A mistura de etanol na gasolina é um avanço significativo na legislação brasileira de combustíveis, visando tanto a preservação ambiental quanto a eficiência veicular. A tentativa de comercializar gasolina pura desafia as iniciativas de sustentabilidade, permanecendo uma opção restrita à aviação e sob rigorosa regulamentação.