A Petrobras obteve a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF). A decisão, consolidada em 19 de maio de 2025, representa um marco significativo nesse longo processo que dura mais de uma década. Desde 2013, a busca por autorização para explorar o bloco FZA-M-59, localizado na Margem Equatorial entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, tem enfrentado discussões acirradas devido a preocupações ambientais.
Novo plano de emergência
A reformulação do PPAF, apresentada ao Ibama em novembro de 2024, incorporou importantes melhorias que o tornaram mais robusto. Dentre as mudanças estão a redução significativa do tempo de resposta a emergências e o aumento da presença de especialistas em fauna nas equipes de resgate. Essas atualizações atendem às necessidades impostas pela complexidade ambiental da área, conhecida por correntes marítimas fortes e biodiversidade sensível.
A Petrobras está se preparando para a Avaliação Pré-Operacional (APO), um teste crucial que simula um vazamento de óleo para avaliar suas estratégias de emergência. A data do exercício ainda será definida, mas espera-se que ocorra em breve. A APO é essencial para validar a capacidade da empresa de responder a incidentes, sendo um passo importante antes da concessão da licença final de perfuração.
A execução bem-sucedida da APO pode abrir caminho para que a Petrobras inicie a perfuração do bloco FZA-M-59, um projeto aguardado há anos devido ao seu potencial de 6,2 bilhões de barris de petróleo equivalente. Entretanto, mesmo com os avanços, o projeto continua sob escrutínio, destacando a necessidade de balanço entre exploração de recursos e proteção ambiental.