A Nissan surpreendeu ao anunciar a demissão de mais de 10 mil funcionários globalmente, elevando o total de cortes para cerca de 20 mil posições. Este movimento drástico representa 15% de sua força de trabalho global, sinalizando uma reestruturação significativa. O anúncio, reportado pela emissora pública japonesa NHK, está inserido em um contexto de crise financeira grave na empresa, agravado pela falha na fusão com a Honda.
A montadora japonesa declarou um possível prejuízo recorde de 750 bilhões de ienes no último ano fiscal, encerrado em março de 2025. Essa situação crítica obrigou a Nissan a adotar medidas rigorosas, como a redução de sua capacidade de produção global em 20% e o fechamento de fábricas. Confirmou-se o encerramento de uma unidade na Tailândia, enquanto outros cortes de empregos atingirão as plantas de Smyrna, Tennessee e Canton, Mississippi, nos Estados Unidos.
A busca por estabilidade econômica
Com a gestão de Ivan Espinosa, o foco agora é revitalizar a estratégia da empresa. A Nissan planeja acelerar o desenvolvimento de novos veículos, encurtando o tempo necessário para lançar modelos no mercado. A busca por novas parcerias estratégicas também está em pauta, visando maximizar o valor corporativo e fortalecer a posição no mercado global.
Apesar das dificuldades, a montadora continua otimista em algumas áreas. No Brasil, a Nissan se compromete com investimentos vultosos na fábrica de Resende, visando a produção de uma nova geração do Kicks. A estratégia é enfrentar os desafios atuais com otimismo, enquanto implementa ajustes que possam conduzir a empresa a um caminho financeiro mais estável.
O impacto dessas mudanças será monitorado de perto nos próximos meses, com expectativas de estabilização gradual da situação financeira da Nissan. Com ajustes estratégicos e operacionais em curso, a empresa busca recuperar seu lugar de destaque na indústria automotiva global.