Recentemente, o governo italiano, liderado pela premiê Giorgia Meloni, implementou um decreto que restringe a transmissão da cidadania italiana jus sanguinis, gerando descontentamento entre os brasileiros de origem italiana. A nova medida impõe limites geracionais, afetando milhões de ítalo-descendentes que agora enfrentam a perda do direito ao passaporte italiano.
Representantes da comunidade italiana no exterior estão se mobilizando para reverter essa decisão. O deputado Fabio Porta, eleito pela comunidade italiana na América do Sul, classificou o decreto como “injusto, errado e mal escrito”. Ele defende que a estratégia do seu partido, o Partido Democrático (PD), é derrubar o decreto ou, ao menos, modificar algumas emendas, o que já seria considerado uma vitória.
Propostas de emenda
A proposta de emenda apresentada por Porta visa eliminar completamente o artigo 1 do decreto, restaurando a situação anterior. Além disso, Luciana Laspro, presidente do Movimento Associativo Italianos no Exterior (Maie) no Brasil, propôs uma alteração que substitui o termo “nascidos na Itália” por “italianos”, permitindo que filhos e netos de italianos, independentemente do local de nascimento, possam obter a cidadania.
As declarações de Porta e Laspro refletem a determinação da comunidade italiana em lutar por seus direitos. Um novo protesto contra o decreto foi realizado na Praça Cidade de Milão, em São Paulo, destacando a insatisfação coletiva. A expectativa agora é que, ao chegar à Câmara, a proposta de emenda receba apoio suficiente para ser aprovada.
A batalha pela cidadania italiana continua, e a mobilização dos representantes e da comunidade ítalo-brasileira é crucial para garantir que os direitos dos descendentes sejam respeitados. A situação é um lembrete da importância da participação política e da solidariedade entre as comunidades.