Em março de 2025, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conduziu uma operação nos estados brasileiros, incluindo Minas Gerais e o Distrito Federal, apreendendo mais de 58 mil peixes geneticamente modificados. Esses peixes, alterados para emitir fluorescência através de genes de anêmonas ou águas-vivas, são populares entre aquaristas, mas sua comercialização no país é ilegal.
Na operação, denominada Quimera Ornamentais-Acari, foram emitidos 36 autos de infração, somando R$ 2,38 milhões em multas para os infratores. As penalidades por armazenar ou vender esses animais variam de R$ 60 mil a R$ 500 mil, de acordo com a gravidade da infração. A prática é considerada crime, passível de dois anos de prisão, devido aos riscos que tais espécies representam ao ambiente natural.
Impacto ambiental e ilegalidade da comercialização
A introdução de espécies geneticamente modificadas pode desestabilizar ecossistemas locais por não terem predadores naturais no Brasil. Sem avaliação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), os riscos dessas espécies no meio ambiente permanecem não monitorados, o que levanta preocupações sobre a biodiversidade.
As operações do Ibama visam impedir a difusão desses peixes no ambiente natural. Minas Gerais e Espírito Santo são áreas prioritárias devido à alta incidência de apreensões. A popularidade crescente dos “peixes luminosos” agrava os desafios da fiscalização, aumentando a cautela e a ação intensificada das autoridades para desmantelar esse comércio ilegal.
A operação iniciada em março de 2025 destacou um comércio ilegal em larga escala, com acentuada fiscalização e multas rigorosas para mitigar os riscos ambientais. O Ibama continua seus esforços para garantir que essa prática ilegal seja reduzida, protegendo assim a biodiversidade brasileira.