A Sonda Soviética Cosmos 482, lançada em 31 de março de 1972, está prestes a reentrar na atmosfera terrestre, o que gera preocupações sobre os riscos de detritos espaciais. Especialistas preveem que a reentrada aconteça até este domingo, 11 de novembro, marcando mais um episódio no monitoramento do lixo espacial em órbita.
Quem era a cosmos 482?
Parte de um ambicioso programa soviético, a Cosmos 482 tinha como objetivo explorar Vênus. No entanto, devido a um mau funcionamento, a missão permaneceu em órbita terrestre em vez de rumar para o planeta alvo. Essa falha a deixou como mais um entre os milhares de objetos inoperantes que circulam em nosso planeta, representando potenciais riscos para futuras missões e satélites cruciais para nossa infraestrutura global.
A passagem iminente da Cosmos 482 ressalta o crescente problema do lixo espacial. Estima-se que existam milhões de fragmentos de vários tamanhos, movendo-se em alta velocidade ao redor da Terra, capazes de causar danos significativos a satélites e naves espaciais. Embora a chance de essa sonda atingir uma área densamente povoada seja baixa, a ameaça não pode ser ignorada devido à sua massa e trajetória incerta.
Onde ela pode cair?
O atrito atmosférico e outros fatores tornam desafiadora a precisão nas previsões de reentrada. Cerca de 70% da superfície do planeta é coberta por água, aumentando a probabilidade de a sonda cair em algum oceano. Históricos mostram que fragmentos de reentradas passadas frequentemente caíram em regiões distantes, minimizando os impactos.
O acompanhamento contínuo realizado por agências espaciais em todo o mundo destaca a importância de iniciativas para mitigar lixo espacial e melhorar a segurança das operações espaciais. Como próximos passos, essas agências estão empenhadas em monitorar a trajetória final da Cosmos 482, pronta para implementar protocolos de segurança se necessário.