O Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903, marcou um avanço relevante na diplomacia brasileira. Firmado na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, o acordo anexou o território do Acre ao Brasil, até então parte da Bolívia. Este tratado, facilitado pela mediação do Barão do Rio Branco e do embaixador Assis Brasil, selou a expansão das fronteiras brasileiras em um momento estratégico para o país.
O território do Acre tornou-se atraente para o Brasil devido seu papel vital no ciclo da borracha. A demanda internacional por látex impulsionou a economia local, atraindo migrantes nordestinos e gerando interesse estratégico. Brasil e Bolívia chegaram a um acordo complexo: o Brasil pagou à Bolívia 2 milhões de libras esterlinas e cedeu territórios na bacia do rio Paraguai. Em troca, o Brasil garantiria a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, facilitando o escoamento da produção de borracha.
Implicações econômicas e culturais
A inclusão do Acre como território brasileiro não só ampliou as fronteiras do país, mas também reforçou a presença nacional na Amazônia com implicações econômicas significativas. O Acre emergiu como um dos principais exportadores de borracha, vital para a indústria mundial da época. A diplomacia envolvida nas negociações garantiu uma transição pacífica, evitando conflitos armados e assegurando ganhos estratégicos para ambas as nações.
O Tratado de Petrópolis é um exemplo de diplomacia eficaz, com um impacto duradouro na história do Brasil. O estado do Acre celebra sua integração, refletindo o legado desse marco na identidade regional. Museus, como o Museu da Borracha, preservam essa parte importante da história, inspirando futuras gerações a valorizar a conquista pacífica do território. Com a ratificação pelo Congresso Nacional em 1904, o Acre foi oficialmente incorporado, simbolizando um novo capítulo na história territorial brasileira.