Recentes pesquisas revelam um cenário preocupante em relação à capacidade de poupança dos brasileiros. De acordo com a pesquisa Pulso 2023, realizada pela Ipsos, 61% da população não consegue guardar dinheiro, enquanto apenas 34% afirmam ter conseguido fazer uma reserva financeira. Essa realidade indica um desafio significativo para muitos cidadãos que lutam para equilibrar suas finanças.
Otimismo em meio às dificuldades
Apesar dos números alarmantes, há otimismo entre os brasileiros. A pesquisa indica que 60% acreditam que seu padrão de consumo melhorará nos próximos 12 meses, e 85% estão confiantes de que suas vidas serão melhores em 2024. Além disso, 77% creem que conseguirão quitar suas dívidas ao longo do ano.
Quando comparamos os dados atuais com os de 2018, nota-se uma leve melhora. O percentual de brasileiros que conseguem poupar dinheiro aumentou de 17% em setembro para 22% em outubro de 2023. A pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) destaca que a poupança é a forma preferida de investimento para 60% dos poupadores.
Desigualdade nas classes sociais
A capacidade de poupança varia significativamente entre as classes sociais. Enquanto 43% das famílias das classes A e B conseguem guardar dinheiro, apenas 17% das classes C, D e E conseguem fazer o mesmo. O valor médio poupado em outubro foi de R$ 591,70. Além da poupança, muitos optam por manter o dinheiro em casa (24%) ou em contas correntes (22%).
As principais motivações para a poupança incluem a preocupação com imprevistos (50%), garantir um futuro melhor para a família (30%), e ter uma reserva em caso de desemprego (28%). No entanto, entre aqueles que não conseguem poupar, 41% apontam a baixa renda como a principal razão, seguida por imprevistos (14%) e dificuldades em controlar gastos (13%).