A ONU alertou que até 2033, cerca de 40% dos empregos globais podem ser impactados pela inteligência artificial (IA). O FMI destaca que economias avançadas podem sofrer ainda mais, com até 60% dos postos de trabalho em risco. Embora a IA traga ganhos de produtividade, ela pode aumentar as desigualdades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido a diferenças na infraestrutura e na qualificação da mão de obra.
Ganhos e desafios econômicos
A revolução tecnológica impulsionada pela IA não se limita à substituição de trabalhadores. Essa tecnologia promete criar novas indústrias e oportunidades de capacitação profissional, especialmente em setores de alta tecnologia. No entanto, países desenvolvidos já detêm vantagens claras na adoção dessas inovações, o que pode agravar a disparidade econômica global. A ONU destaca a necessidade urgente de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa dos benefícios da IA, garantindo que todos os países possam usufruir de seu potencial.
Concentração de mercado e poder
O mercado de inteligência artificial é estimado para atingir trilhões de dólares nas próximas décadas. Segundo a ONU, grande parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de IA está concentrada em cerca de 100 empresas, majoritariamente localizadas nos Estados Unidos e China. Isso levanta preocupações quanto à concentração de poder e acesso desigual à tecnologia. Países sem investimentos robustos correm o risco de ficar para trás, aumentando ainda mais o fosso entre economias diferentes.
A ONU enfatiza a importância de uma abordagem global na governança da IA. Atualmente, 118 países não participam das discussões principais sobre diretrizes tecnológicas. A organização propõe a criação de um painel científico internacional independente para assegurar o desenvolvimento ético e inclusivo dessa tecnologia. Esse envolvimento é vital para evitar que apenas um pequeno grupo de nações controle o futuro da inteligência artificial.