A China, conhecida por seu avanço tecnológico, recentemente conduziu um experimento inovador na região com secas de Xinjiang. Entre 29 de agosto e 3 de setembro de 2024, o país usou drones para gerar chuva artificial, abordando a crescente escassez hídrica. A técnica envolveu a liberação de iodeto de prata, um componente que promove a condensação de água, aumentando a precipitação em áreas críticas.
Como funciona a semeadura de nuvens
A semeadura de nuvens é um método de engenharia climática que utiliza substâncias químicas para estimular a formação de precipitação nas nuvens. No experimento chinês, drones dispersaram o iodeto de prata sobre uma vasta área, resfriando as nuvens em até 10°C e incrementando a precipitação em cerca de 4%. A operação em Xinjiang destacou-se por utilizar apenas 1 kg do composto, mostrando uma abordagem mais segura e eficaz em comparação com métodos tradicionais.
O projeto foi executado em uma área superior a 8.000 km² e é parte de um sistema integrado que envolve 24 estações terrestres e satélites, permitindo operações durante todo o ano. Essa infraestrutura é crucial para uma região onde a desertificação e o derretimento de geleiras ameaçam o abastecimento de milhões de pessoas. Embora a semeadura de nuvens tenha sido usada anteriormente em outras partes do mundo, a escala e precisão atingidas pela China são avanços notáveis.
Apesar das expectativas, ainda existem dúvidas sobre os possíveis impactos ambientais da técnica. Especialistas estão analisando se o uso contínuo pode causar desequilíbrios ecológicos ou influenciar padrões climáticos de forma indesejada. Esses estudos são fundamentais para garantir que a tecnologia possa ser expandida de forma sustentável e eficaz no combate à seca.