Os Estados Unidos estão se transformando no mais novo paraíso fiscal sob a administração de Donald Trump. A reforma tributária de 2017, que reduziu o imposto corporativo de 35% para 21%, e a desregulamentação de políticas fiscais são alguns fatores que impulsionaram essa mudança. Essa transformação, que começou na gestão Trump, continua a atrair empresas globais e investidores em busca de benefícios fiscais nos EUA.
O Departamento do Tesouro dos EUA abandonou o regime de transparência internacional, permitindo o registro anônimo de empresas, especialmente em Delaware. Este estado é conhecido por suas leis que favorecem o sigilo e taxas baixas, facilitando a abertura de filiais sem a necessidade de presença física. Essa simplificação burocrática resulta em maior fluxo de capital e inovação, permitindo que as empresas se concentrem em suas operações sem enfrentar regulamentos excessivos.
Impactos globais
Essas políticas atraem corporações e indivíduos ricos que buscam proteger seus patrimônios. Enquanto tradicionais paraísos fiscais enfrentam pressão para aumentar a transparência, os EUA têm uma vantagem competitiva. A economia robusta do país oferece resistência contra sanções e regulamentos externos, diferenciando-se de pequenos paraísos fiscais que muitas vezes dependem de sua reputação. Essa dinâmica não só fortalece o mercado interno, mas também posiciona os EUA como um hub de investimentos internacionais.
Comparando alíquotas, embora a taxa de 21% dos EUA seja competitiva, países como a Irlanda oferecem condições ainda mais atrativas, com taxas de imposto corporativo que podem ser significativamente mais baixas. Espera-se que as próximas eleições presidenciais e mudanças políticas internas influenciem a continuidade dessas políticas fiscais. A possibilidade de uma mudança de governo pode trazer novas regulamentações que afetam o status dos EUA como paraíso fiscal.