A Venezuela, na fronteira norte do Brasil, deve enfrentar a maior inflação global em 2025, com uma taxa previsível de cerca de 180% ao ano, conforme projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta situação foi destacada no relatório World Economic Outlook, que analisa o panorama econômico mundial.
Essa crise se intensificou devido a sanções internacionais que afligem a economia venezuelana. Milhões de cidadãos têm deixado o país em busca de melhores condições de vida. A hiperinflação, entre outros fatores, contribui significativamente para esse êxodo. Em meio a esse cenário, a taxa de inflação da Venezuela coloca o país no topo da classificação global.
Impacto regional e global
O Sudão e o Irã também enfrentam desafios inflacionários, com taxas projetadas de 100% e 43,3%, respectivamente. A Argentina e a Turquia, com 35,9%, refletem as dificuldades de economias emergentes. Em contraste, o Brasil apresenta uma inflação prevista de 5,3% este ano e 4,3% em 2025, demonstrando, por ora, relativa estabilidade em comparação com seus vizinhos.
O Brasil, vizinho da Venezuela pelos estados do Amazonas e Roraima, deve estar atento à situação venezuelana. Além da segurança e das relações comerciais, o impacto da crise venezuelana sobre a economia regional é significativo. O FMI projeta um crescimento conservador de apenas 2% para o Brasil em 2025, destacando um cenário de cautela.
O desempenho econômico da Venezuela exige monitoramento constante, pois suas altas taxas de inflação afetam toda a América Latina. O FMI alerta que as economias da região devem se preparar para essa realidade. Embora não tenha proposto novas medidas para a crise venezuelana, o impacto das sanções internacionais permanece central nas discussões econômicas globais.