A Líbia, localizada no Norte da África, continua a ser um destino inusitado para cerca de 100 mil turistas estrangeiros anualmente, apesar de enfrentar intensos conflitos políticos e sociais desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011. O país, conhecido por sua rica história e cultura, ainda atrai viajantes, mesmo em meio a um cenário de insegurança e instabilidade constante.
Desde a dissolução do regime de Gaddafi, a Líbia tem sido palco de confrontos entre o Governo de Unidade Nacional (GNU), reconhecido internacionalmente em Trípoli, e o Exército Nacional Líbio, liderado por Khalifa Haftar, no leste. Esses conflitos perpetuam um ciclo de violência e instabilidade, criando um cenário incerto para moradores e visitantes. As tensões internas e o surgimento de milícias contribuem para um ambiente desafiador, elevando os riscos de visitar o país.
Turismo em meio ao caos
Os turistas que escolhem a Líbia como destino são movidos por um fenômeno denominado “turismo de perigo”. A curiosidade em explorar locais históricos como Leptis Magna e Sabratha é irresistível, mesmo diante dos riscos de sequestros e emboscadas frequentes. Destemidos, esses visitantes desejam experimentar uma realidade diferente da cotidiana e descobrir um território quase intocado pelo turismo de massa.
Apesar do interesse, muitos governos mantêm alertas rigorosos quanto a viagens para a Líbia. O Departamento de Estado dos Estados Unidos, por exemplo, recomenda a seus cidadãos que evitem o país devido à sua instabilidade imprevisível. A ausência de um governo central funcional dificulta a segurança dos turistas e limita a ajuda internacional essencial para contornar crises humanitárias.