Bougainville, localizada no Oceano Pacífico, está prestes a se tornar uma nova nação, com a independência da Papua Nova Guiné prevista para 1º de setembro de 2027. Com aproximadamente 300 mil habitantes, o território já enfrentou décadas de tensões e batalhas por independência. Em 2019, um referendo indicou que 97,7% dos locais desejam a separação.
Criada como região autônoma em 2000, Bougainville busca a independência total há décadas. O conflito pela posse dos recursos naturais, especialmente a mina de Panguna, foi crucial para o descontentamento local. Originalmente, a mina era uma das maiores de cobre e ouro do mundo, representando um significativo lucro para a Papua Nova Guiné, mas gerou descontentamento entre os habitantes devido à falta de benefícios locais.
Referendo e desafios legislativos
O referendo de 2019, embora esmagador no apoio à independência, ainda precisa da ratificação do Parlamento de Papua Nova Guiné. O medo de que outras regiões exijam separação tem tornado essa aprovação um desafio político significativo.
O governo de Bougainville lançou um rascunho de constituição, sinalizando seu plano de autogovernança pós-independência. Porém, a concretização da independência ainda depende da aprovação parlamentar.
Economicamente, Bougainville enfrenta dificuldades significativas. Grande parte de sua receita provém do governo central, tornando essencial a reabertura da mina de Panguna para a estabilidade financeira da região. Essa iniciativa, entretanto, enfrenta desafios ambientais e sociais.
Outro aspecto importante é a infraestrutura ainda subdesenvolvida, exigindo investimentos substanciais para garantir serviços básicos e promover um crescimento sustentável. Com isso, Bougainville se prepara para trilhar um caminho incerto, mas potencialmente próspero, à medida que a data para sua independência se aproxima.