Pesquisadores da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma pílula inovadora que pode simular os benefícios do exercício físico, sem a necessidade de atividade física intensa. Chamada de SLU-PP-332, a substância está em fase de testes em modelos animais desde 2020.
Nos experimentos, o SLU-PP-332 ativou receptores que amplificam a eficiência mitocondrial, promovendo a queima de gordura. Os camundongos tratados com a molécula correram mais longe e perderam mais peso sem aumentos na ingestão calórica ou exercício físico, demonstrando potencial para tratar obesidade e melhorar a resistência.
Mecanismo de ação da pílula do exercício
A fórmula do SLU-PP-332 age ativando receptores relacionados ao aumento do metabolismo energético, sem exigir mudanças na dieta ou atividade física. Em camundongos, a administração da pílula ampliou a resistência muscular e melhorou a sensibilidade à insulina, um fator crítico na gestão do diabetes.
Esses achados sugerem que a pílula pode apoiar tratamentos de síndromes metabólicas, sem os efeitos adversos de atividades físicas intensas. No entanto, os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários para garantir a segurança e eficácia em humanos.
Apesar do potencial da pílula do exercício, ela ainda está distante da aprovação comercial. O processo de validação envolve rigorosos testes de segurança e ensaios clínicos, previsíveis para uma década de preparação. A Pelagos Pharmaceuticals, startup associada ao projeto, busca acelerar o desenvolvimento e redução do tempo para introduzir o produto no mercado.
Em outubro de 2023, os pesquisadores continuam avançando em estudos animais, focando na toxicologia e eficiência do SLU-PP-332. No entanto, até o momento, não há previsão de início de testes em humanos. A comunidade médica aguarda com interesse a comprovação científica e a eventual aplicação clínica desta promissora inovação na tecnologia médica.