Uma pirâmide submersa nas proximidades das Ilhas Ryukyu, no Japão, provoca acalorados debates desde sua descoberta. Observada pela primeira vez em 1986 pelo mergulhador Kihachiro Aratake, a estrutura, conhecida como Monumento Yonaguni, está a 25 metros de profundidade. Estima-se que sua origem humana remonte há cerca de 2.000 a 3.000 anos, desafiando conceitos sobre civilizações antigas.
O Monumento Yonaguni, composto por degraus e ângulos bem definidos, levanta questões sobre sua origem. Alguns especialistas comparam suas características às pirâmides de Gizé e a Stonehenge, mas carecem de evidências concretas para tal ligação. A estrutura tem causado divisões entre cientistas, que debatem se foi esculpida por fenômenos naturais ou por mãos humanas.
Formação geológica ou construção humana?
A disputa sobre a natureza do Monumento Yonaguni é intensa. Geólogos como Robert Schoch consideram que suas formações são naturais, apontando processos geológicos, como fraturas e erosões. Por outro lado, arqueólogos como Masaaki Kimura defendem a origem humana, citando elementos que poderiam indicar construção deliberada. A composição das rochas, datadas do Mioceno, reforça a hipótese de formação natural.
O interesse pelo Monumento Yonaguni permanece vivo, impulsionado por novas tecnologias e expedições que visam esclarecer sua origem. A datação das rochas coincide com o fim da última era glacial, levantando questões sobre as condições geológicas da época. A comunidade científica permanece dividida, aguardando novas descobertas que possam redefinir a história das civilizações antigas.
Em 2023, análises continuam a desafiar as percepções estabelecidas, com poucos resultados conclusivos. Espera-se que futuras investigações contribuam para esclarecer se a pirâmide submersa é um ícone da arquitetura antiga ou um capricho natural, marcando um ponto crucial para estudos arqueológicos mundiais.