O Brasil e a China estão se aproximando economicamente, com um ponto central nessa relação sendo o Pix, o sistema de pagamento instantâneo do Brasil. Desde novembro de 2020, quando foi lançado, o Pix movimentou impressionantes R$ 60 trilhões. O interesse por essa tecnologia cresce à medida que o cenário global, especialmente as tensões comerciais entre China e Estados Unidos, leva a busca por novos parceiros comerciais. O Brasil destaca-se nessa busca, com sua capacidade de inovação tecnológica.
Atração do Pix na China
A atenção da China no Pix é estratégica. O país asiático busca aprimorar seus sistemas de pagamento, observando a eficiência e a inclusão financeira que o Pix oferece. O potencial de troca de experiências entre Brasil e China pode abrir novos caminhos econômicos e tecnológicos. Esta aproximação não é trivial: para os chineses, o Pix representa um modelo a ser analisado e, possivelmente, integrado às suas operações.
Na América Latina, já operam mais de 20 mil empresas chinesas. Essa presença coloca o Brasil em uma posição vantajosa devido à complementaridade das duas economias. A expectativa é que essa colaboração avance, especialmente em setores como a tecnologia de ponta e a inteligência artificial. Para que isso se concretize, superar obstáculos regulatórios é fundamental.
Ambos os países estão em diálogo para criar regulamentos que facilitem operações financeiras conjuntas. A criação de um marco regulatório robusto é imprescindível para o sucesso de futuras iniciativas. No âmbito ambiental, o Brasil busca implementar uma certificadora internacional focada em florestas tropicais, um tema que pode captar o interesse chinês devido ao seu histórico em projetos ambientais.