O 1º de abril, conhecido como Dia da Mentira, é uma data marcada por brincadeiras e pegadinhas. A tradição tem origens no século XVI, quando o rei francês Carlos IX adotou oficialmente o calendário gregoriano em 1564. Naquela época, o Ano Novo era comemorado entre 25 de março e 1º de abril. Com a mudança para 1º de janeiro, muitos resistiram e mantiveram a celebração em abril. Esses indivíduos, conhecidos como “bobos de abril”, tornaram-se alvos de zombarias e brincadeiras.
A difusão pelo mundo
A prática de zombar daqueles que continuavam a celebrar o Ano Novo em abril se espalhou globalmente. No Reino Unido e nos Estados Unidos, o dia é chamado de April Fool’s Day. Na França e na Itália, é conhecido como Poisson d’Avril e Pesce d’Aprile, respectivamente. Em ambos os países, colar peixes de papel nas costas de desavisados é uma prática comum.
No Brasil, o Dia da Mentira foi introduzido em 1828 pelo jornal humorístico mineiro “A Mentira”. Em sua estreia, publicada em 1º de abril, o jornal noticiou falsamente a morte de Dom Pedro I, que viveu até 1834. A publicação provocou risos e solidificou a data como um dia de trotes e brincadeiras no país.
A persistência da brincadeira
Atualmente, o 1º de abril ainda provoca criatividade e leveza. A data, que oferece uma pausa cômica ao cotidiano, ganha novas expressões nas redes sociais e internet. O desafio entre verdade e ficção continua a entreter e desafiar nossa credulidade. Essa tradição, que injeta humor e brincadeira no dia a dia, prova que, por um dia, é possível desafiar a realidade de forma inofensiva.