As farmácias de Minas Gerais estão enfrentando um cenário alarmante de criminalidade, com um aumento significativo nos casos de roubos e furtos. Dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejuspe) indicam que esses estabelecimentos se tornaram alvos preferenciais para criminosos, superando bares, restaurantes e padarias em termos de ocorrências. Em 2024, mais de 7 mil crimes foram registrados contra farmácias no estado, sendo mais de 5 mil na região metropolitana de Belo Horizonte.
Uma das principais razões para essa onda de crimes é o alto preço dos medicamentos. Rony Anderson de Andrade Resende, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais (Sincofarma-MG), destaca que os assaltantes estão em busca de remédios específicos e caros, como o Ozempic.
Esse tipo de crime revela a existência de um mercado paralelo para esses produtos, onde itens de alto valor agregado são facilmente comercializados. Além dos medicamentos caros, os furtos de itens menores, como fraldas e shampoos, continuam sendo uma preocupação constante.
Impacto no ambiente de trabalho
Os efeitos da criminalidade nas farmácias vão além das perdas financeiras. Os funcionários enfrentam estresse e medo constantes, criando um ambiente de trabalho inseguro. Resende destaca que os assaltos geram apreensão entre os colaboradores, que ficam preocupados com novos ataques, já que os criminosos agem em momentos de menor vigilância.
Em resposta a essa situação, as farmácias têm investido em sistemas de segurança eletrônica, incluindo câmeras de vigilância e alarmes. No entanto, Resende admite que essas medidas não têm sido suficientes para deter os criminosos. A luta contra a criminalidade nas farmácias de Minas Gerais continua, exigindo uma abordagem mais eficaz para garantir a segurança dos estabelecimentos e de seus funcionários.