Em 2024, a Sociedade Europeia de Cardiologia divulgou novas diretrizes para a hipertensão arterial durante o Congresso Europeu de Cardiologia realizado em Londres. A atualização estabelece que a leitura de pressão arterial a partir de 130/80 mmHg, anteriormente considerada normal, agora recebe maior atenção em termos de tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares. A decisão se alinha com as diretrizes da American Heart Association, que já reconhecia este limite desde 2017.
A principal motivação por trás dessa mudança deriva de estudos como o SPRINT, que evidenciaram uma redução significativa nos casos de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) entre indivíduos mantendo a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg. Os novos parâmetros têm como objetivo antecipar medidas preventivas e terapêuticas, reduzindo os riscos associados ao descontrole da pressão arterial desde a fase inicial.
Alterações nos critérios globais
As novas diretrizes facilitam um diagnóstico e tratamento mais precoce da hipertensão. Além da reavaliação do valor normal, a introdução da categoria “pressão arterial elevada” ressalta a importância de medidas preventivas nessa faixa. Esta classificação busca evitar transições rápidas para estágios mais agudos da hipertensão, promovendo um monitoramento contínuo e rigoroso.
A detecção precoce da pressão alta é crucial. Estratégias preventivas incluem a adoção de uma dieta balanceada, controle do consumo de sal, prática regular de exercício físico e eliminação do tabagismo. Medir a pressão regularmente, mesmo na ausência de sintomas, é uma peça chave na prevenção.
Espera-se que as novas diretrizes resultem em modificações nos protocolos de tratamento, enfatizando mudanças no estilo de vida e revisitando práticas médicas correntes. Tais atualizações visam uma diminuição dos índices globais de doenças cardiovasculares graves com a adesão dos profissionais de saúde às novas normas.