Mark Zuckerberg e a Meta estão sob holofotes nos Estados Unidos. Desde 14 de abril de 2025, a empresa enfrenta um julgamento antitruste que questiona as aquisições do Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014. O juiz James E. Boasberg, responsável pelo caso, avaliará se essas aquisições visam eliminar concorrentes e criar um monopólio nas redes sociais.
A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), que apresentou a ação em 2020, alega que tais aquisições consolidaram o poder da Meta injustamente. Desta forma, um resultado desfavorável à Meta poderia obrigá-la a se desfazer de uma ou ambas as plataformas, uma decisão que impactaria significativamente o setor tecnológico.
Impacto potencial do veredicto no setor tecnológico
Se o tribunal decidir a favor da FTC, a estrutura das redes sociais pode sofrer uma transformação profunda. Instagram e WhatsApp são essenciais para a estratégia da Meta, gerando significativa participação de receita da empresa. A possível venda dessas plataformas poderia abrir espaço para novos competidores e reconfigurar o mercado.
Diante desse cenário, a Meta argumenta que a competição é intensa no setor, destacando o crescimento de rivais como TikTok e YouTube. A empresa defende que as aquisições são benéficas para o usuário, proporcionando experiências além das conexões pessoais.
O julgamento traz questionamentos focados em como a Meta define o mercado e se suas aquisições foram realmente insubstituíveis para a inovação. Além disso, documentos e depoimentos estão sendo revisados para fortalecer a narrativa da empresa.
O juiz Boasberg deverá emitir uma decisão até o final do ano. Caso a Meta perca, a FTC deverá provar, em um segundo julgamento, que a venda das plataformas restauraria a concorrência de forma efetiva.