Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió, Alagoas. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a execução imediata da sentença de oito anos e dez meses de prisão em regime fechado. Collor foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da BR Distribuidora.
O ex-presidente, que se preparava para viajar para Brasília, foi apreendido no aeroporto. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, aguardando a definição do local onde cumprirá a pena.
Analisando a fortuna de Collor
O patrimônio de Fernando Collor ganhou atenção devido à sua declaração de bens nas eleições de 2022. Na ocasião, ele informou possuir R$ 6.208.817,09. Este valor é significativamente menor do que o declarado em 2018, quando listou R$ 20.683.101,57, incluindo veículos de luxo não mencionados posteriormente.
Entre os bens, destacam-se duas lanchas e participações em empresas. Curiosamente, carros de luxo como BMW e Mercedes, mencionados em 2018, não figuraram na declaração de 2022.
Collor foi condenado por receber R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. Esse caso incluiu a apreensão de veículos de luxo associados a ele, como Ferrari e Lamborghini, durante a Operação Lava Jato.
A decisão de prisão de Moraes deve ser discutida em sessão do plenário do STF hoje. Independentemente do resultado, a ordem atual de prisão permanece, refletindo a postura rígida do STF contra a corrupção.
Cercado por escândalos desde seu governo, que foi interrompido por um impeachment em 1992, Collor é agora o terceiro ex-presidente preso desde a redemocratização. Aos 75 anos, ele segue detido, com todas as implicações legais de suas ações ainda reverberando no cenário político brasileiro.