O Brasil está em vias de transformar seu sistema de transporte ferroviário com o Plano Nacional de Ferrovias, previsto para ser lançado em 2024. O governo federal, junto com investidores privados, planeja injetar cerca de R$ 100 bilhões no setor para aumentar a participação das ferrovias no transporte de carga de 24% para 40% até 2035. Esta iniciativa tem como objetivo modernizar a infraestrutura, reduzir custos logísticos e posicionar o Brasil de forma mais competitiva no cenário global.
A estratégia inclui a concessão de aproximadamente cinco mil quilômetros de novas ferrovias. Entre os principais projetos está a interligação das ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e do Centro-Oeste (Fico). A expansão da Ferrovia Norte-Sul também é um foco central. Essas ações buscam fortalecer a logística nacional e integrar diferentes regiões do país, promovendo maior competitividade econômica.
Avanços e desafios no setor
Entretanto, o setor ferroviário brasileiro enfrenta desafios significativos, como questões financeiras e ambientais. Projetos como o Porto Sul — essencial para a Fiol — encontram-se em meio a obstáculos financeiros e ambientais, incluindo questões de sustentabilidade. Resolver esses entraves será crucial para assegurar a eficácia do plano. A transição energética e ajustes no Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima são necessários para viabilizar esses projetos.
Os investimentos planejados visam melhorar a infraestrutura de transporte, reduzir custos e minimizar impactos ambientais. As ferrovias são uma alternativa sustentável para o escoamento de commodities, reposicionando o Brasil no comércio global e diminuindo o custo Brasil. O governo está prestes a lançar o plano, que deve atrair investimentos privados essenciais. As concessões e leilões começam em 2024, com implementação progressiva.