A rede social TikTok, amplamente utilizada no Brasil, enfrenta uma crise significativa após ser multada em €530 milhões (aproximadamente R$ 3,4 bilhões) pela União Europeia. A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda aplicou a penalidade à empresa por transferir de forma inadequada dados pessoais de usuários europeus para a China, violando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR).
A investigação de quatro anos, concluída em 2 de maio de 2025, revelou que o TikTok não protegeu os dados conforme os padrões europeus. Apesar de negar o armazenamento na China, foi encontrado um número limitado de informações em servidores chineses, contradizendo declarações anteriores à Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC).
Além disso, a comissão estabeleceu um prazo de seis meses para que o TikTok adeque suas práticas às normas europeias. Caso não sejam cumpridas, o TikTok poderá enfrentar novas restrições, inclusive a suspensão das transferências de dados para a China.
O TikTok responde à decisão
O TikTok declarou que recorrerá da multa, argumentando que suas medidas de segurança de dados foram subestimadas pela investigação. A empresa anunciou iniciativas como o “Project Clover,” que prevê centros de dados na Europa e Estados Unidos para resguardar informações de usuários europeus. O TikTok também destacou que não atendeu a solicitações das autoridades chinesas para acessar dados de usuários europeus.
Essa situação levanta inquietações para empresas globais que operam na Europa. A aplicação do GDPR pode estabelecer um precedente que reforçará as exigências de conformidade em proteção de dados. Com o prazo estabelecido pela DPC, as próximas semanas serão decisivas para a plataforma, que busca adequar suas operações e evitar futuras sanções.