A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou, em 29 de abril de 2025, um novo satélite chamado Biomass, projetado para medir a quantidade de carbono nas florestas tropicais. Partindo do centro espacial em Kourou, na Guiana Francesa, o satélite pode revolucionar nosso entendimento ambiental ao fornecer dados mais precisos sobre as florestas da Amazônia e seu impacto global. Este passo é crucial para entender melhor o papel dessas florestas e ajudar na formulação de políticas ambientais eficazes.
Inovação em tecnologia de radar
O satélite Biomass é equipado com um radar de banda-P, tecnologia que permite análise detalhada das estruturas arbóreas como galhos e troncos. Com sua capacidade de coletar informações através das nuvens, o satélite supera limitações de modelos anteriores, fornecendo dados consistentes mesmo em regiões com alta cobertura de nuvens, como a Amazônia.
A Amazônia, conhecida como “pulmão do planeta” por sua capacidade de absorver dióxido de carbono, é crucial para monitorar o desmatamento e suas consequências nas mudanças climáticas. O Biomass irá contribuir significativamente, permitindo a criação de mapas detalhados da flora local em aproximadamente seis meses.
O projeto é uma colaboração internacional entre especialistas dos EUA e Europa, com décadas de pesquisa para enfrentar desafios técnicos. Os primeiros mapas do Biomass não apenas mostram o nível de carbono armazenado, mas também quantificam as perdas por desmatamento, ajudando na criação de estratégias de conservação eficazes.
Com o lançamento bem-sucedido confirmado, o satélite Biomass promete inaugurar uma nova era no monitoramento da Amazônia. As expectativas são de que as análises resultantes ofereçam insights valiosos sobre a capacidade de lidar com mudanças climáticas, com dados contínuos sendo coletados ao longo dos próximos cinco anos, permitindo um impacto significativo nas políticas ambientais.